Motorista não teria ouvido buzina do trem antes de colisão que partiu ônibus biarticulado, diz delegado
Inquérito policial foi instaurado por lesão corporal com causa de aumento, devido ao transporte de passageiros no momento do acidente
ente que deixou 11 pessoas feridas após um ônibus biarticulado ser atingido por um trem, na noite de terça-feira (22), na Avenida Paraná, no bairro Cabral, em Curitiba, está sendo investigado pela Polícia Civil.
Na manhã desta sexta-feira (25), o motorista do coletivo prestou depoimento na Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) e afirmou que não ouviu a buzina prévia da locomotiva.
O impacto destruiu a parte central do coletivo — conhecida como “sanfona” — e partiu o veículo ao meio. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento da colisão, que aconteceu no cruzamento da canaleta exclusiva para ônibus com a linha férrea. (assista AQUI).
De acordo com o delegado Edgar Santana, responsável pela investigação, um inquérito policial foi instaurado por lesão corporal com causa de aumento, devido ao transporte de passageiros no momento do acidente.
O condutor foi intimado e afirmou, em depoimento, que não visualizou a locomotiva por causa de construções e árvores que teriam impedido a visão. Ele também disse que só ouviu a buzina segundos antes da batida.
“De fato, há depoimentos de testemunhas nos autos afirmando que o trem teria efetuado a buzina. O próprio depoimento do maquinista e do auxiliar do maquinista que foi realizado na data de ontem caminham nesse sentido”
afirmou o delegado.
Além das imagens das câmeras de segurança do interior do coletivo, a Polícia Civil solicitou à concessionária Rumo, responsável pela ferrovia, o relatório da locomotiva, onde deve constar se as buzinas foram ou não acionadas.
“Aguardamos ainda a conclusão de laudos periciais que vão ajudar a formalizar a dinâmica do sinistro, para que possamos chegar a uma conclusão e responsabilizar criminalmente os envolvidos”, acrescentou o delegado.
Fonte original: https://www.bandab.com.br/seguranca/motorista-nao-teria-ouvido-buzina-trem-colisao-diz-delegado/
